Nossa História
Onde Tudo Começou
O Moda Afrocentrada nasceu em 2023 a partir da produção da Ciranda da Moda, parte da programação do VII Festival de Economia Solidária de Campos dos Goytacazes, que ocorreu na Casa de Cultura Villa Maria no mês de março, com apoio da FAPERJ.
A Ciranda da Moda foi composta por uma roda de conversa com o tema “Moda e o Empoderamento Negro”, seguido de um desfile com roupas produzidas pela equipe do Projeto Design Solidário da ITEP e dos alunos do curso de costura criativa. A Ciranda da Moda foi ministrada pela Fernanda Anchieta, estilista negra com relevância na cidade e os modelos que desfilaram com nossos figurinos foram escolhidos por serem ativistas da causa.
A partir deste evento, o Projeto Moda Afrocentrada cresceu, ganhou notoriedade, parceiros, e veio a se tornar um curso de formação de mais de 100 horas de técnicas e história da moda para jovens negros e está em pleno funcionamento. Nosso principal parceiro é a Subsecretaria de Igualdade Racial e Direitos Humanos (SIRDH) da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes.
Adaptamos o curso já vigente de costura criativa, para costura e modelagem para um novo público, com um olhar mais crítico e de resgate histórico da contribuição do povo negro na cultura e na economia da cidade. É fundamental conhecer para transformar a realidade. Acreditamos, como equipe que atua na ITEP/UENF, que profissionalizar jovens negros para o mercado da moda afrocentrada é uma grande oportunidade de médio prazo.
Formamos nossa primeira turma e já abrimos mais duas turmas. Estamos em período de pré-seleção e avaliação do perfil dos candidatos.
Futuro dos Primeiros Formandos
Dos 20 inscritos, a primeira turma fechou com oito alunos. O curso iniciou em junho de 2023 e passaram por módulos de corte e costura, conhecimentos de costura industrial, rotina de fábrica, mecânica das máquinas, EPI e segurança no trabalho, noções de desenho de moda, croqui, moulage, ficha técnica, modelagem, corte.
Outra ação não menos importante desse novo processo, para além de formar costureiras/os, e sim agentes de moda, esses alunos escreveram, antes de iniciar as aulas, seu próprio Projeto de Vida ligado à moda e como avaliação final tiveram que produzir um figurino com Kapulanas, desde o desenho, passando pela modelagem, corte e costura, alinhado com esse projeto de vida para que pudessem colocar em prática seus aprendizados.
Acreditamos que esses jovens e adultos estão prontos para produzir, porém queremos ir além na assessoria técnica e formação. Nesta segunda etapa, iniciamos com um resgate e reescrita desse Projeto de Vida, com intuito de dar vida a ele como oportunidade de trabalho e renda. Nesta fase, eles receberão conhecimentos sobre letramento racial, como organizar empreendimentos coletivos com perfil de economia solidária, noções básicas de gestão financeira, precificação, marketing, outros...
