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1ª Conferência Intermunicipal de Economia Solidária do Norte e Noroeste Fluminense





Economia Solidária em discussão na UENF

 O Centro de Convenções Oscar Niemeyer, Auditório/04 recebeu nesta quinta-feira (19), a segunda etapa da CIESOL (Conferência Intermunicipal de Economia Solidária do Norte e Noroeste). O encontro teve a função de promover a reflexão e análise das realidades locais, de acordo com o contexto sócio ambiental, cultural, político e econômico que interferem nas pessoas que praticam a economia solidária. A UENF TV transmitiu o evento que teve 37 visualizações no YouTube.

 90 pessoas estiveram presentes na segunda etapa da CIESOL. Integrantes de Campos, São Francisco do Itabapoana, São João da Barra, Cabo Frio, Búzios, Quissamã, Rio das Ostras, Arraial do Cabo, Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana prestigiaram o evento no Centro de Convenções Oscar Niemeyer, Auditório/04.

 A segunda etapa da CIESOL teve início com a trabalhadora de economia solidária, Simone Gonçalves, que enalteceu os parceiros pela realização do evento na UENF.

  •  Em nome do Fórum de Economia Solidária, eu quero agradecer a universidade por acolher a conferência e a ITEP porque sem ela, não seria possível avançar no tema. Vamos discutir a economia solidária a nível intermunicipal, estadual e depois nacionalmente.
  •  Após a leitura do regimento da CIESOL, a primeira palestra do dia com o tema “Análise do panorama político e das práticas de economia solidária do Norte e Noroeste Fluminense” foi ministrada pelo professor associado da UENF, diretor do Centro de Ciências do Homem (CCH/UENF) e coordenador do PESCARTE, Geraldo Timóteo, que ressalta a importância de leis para os trabalhadores desse segmento.

  •  A existência de um arcabouço institucional que garanta a implantação e o desenvolvimento da economia solidária é um marco fundamental. Somente Niterói e Campos conecta empreendimentos informais ao poder público para incentivar a formalização. É preciso que nós desenvolvemos os fóruns para que as pessoas possam entender a usar a lei. Temos que comprar todas brigas porque sabemos que o espaço político é coletivo. Não adianta votar num vereador, deputado ou prefeito para esperar que eles tomem atitude.
  •  Geraldo ainda abordou a situação dos trabalhadores da economia solidária nas regiões norte e noroeste.

  •  As parcerias com universidades e organizações sociais são importantes. Juntos somos capazes de promover e distribuir riqueza, além e promover espaço de realização pessoal. Quando a iniciativa tem sucesso, o indivíduo também se transforma. Precisamos alavancar a legislação para que a comunidade campista tenha mais oportunidades. 53% dos vereadores de Campos são empresários e obviamente isto interfere nos trabalhadores de economia solidária. O empresariado é organizado. Chega nas reuniões com protocolos e propostas.
  •  O professor da Universidade do Amazonas (UNAMA), coordenador do Instituto Saber e pesquisador em economia solidária, João Arroyo participou da palestra “O papel da educação, formação e assessoramento técnico para o movimento da economia solidária”. Ele contou a relação entre a educação popular e economia solidária.

  •  Fui educador popular por 12 anos e abraço a economia solidária em 2000 quando assumi a gestão do Banco do Povo em Belém. De lá pra cá, os dois se tornaram uma mistura inseparável do meu pensar. A educação não passa somente pela escola, mas pelo convívio. A sociedade industrial que avança nos tempos atuais necessita de uma educação que naturalize a fome, desigualdade e hierarquia social. Não é normal aceitar o neoliberalismo.
  •  Com o tema “O compromisso da SENAES e as diretrizes da 4ª CONAES para o 2º Plano Nacional de Economia Solidária”, o analista de políticas sociais no Ministério do Trabalho e Emprego, Diogo Antunes comentou sobre os desafios da secretaria.

  •  Colocar a economia solidária como política de estado. Ter servidores alocados para executar a política pública, uma definição para o público específico. A 4ª CONAES (Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária) tem o objetivo de tirar os projetos do papel para que haja a execução. Isto acontece por falta de recursos financeiros, contingenciamento e escassez de pessoal. A economia solidária é um ato de resistência porque tem base no coletivo, cooperação e autogestão, ao contrário do sistema capitalista que visa a concentração de poder.
  •  A 4ª CONAES acontece nos dias 10 a 13 de abril em Brasília e vai reunir representantes da economia solidária de todos os estados com 50% de delegados de empreendimentos economicos solidários, 25% de entidades de apoio ao fomento e os outros 25% de representantes do poder público.

     A CIESOL tem a parceria entre a UENF, ITEP/UENF, PROEX, Pescarte, Fórum de Economia Solidária, CONAES, IFF, UFF, Prefeitura de Miracema e Prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana.