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1ª Conferência Intermunicipal de Economia Solidária do Norte e Noroeste Fluminense





Miracema sediou a primeira etapa de conferência sobre economia solidária

 A CIESOL (Conferência Intermunicipal de Economia Solidária do Norte e Noroeste Fluminense) teve início no dia 11 de setembro (quarta-feira) na Previ Miracema, noroeste fluminense. Mediados pela integrante da coordenação da CIESOL, Nilza Franco, os conferencistas convidados: Angélica Hullen, secretária de assistência social e habitação de Bom Jesus do Itabapoana e Joaquim Melo, coordenador da Rede Brasileira de Bancos Comunitários, ressaltaram a importância da possibilidade de geração ao trabalho e renda aos cidadãos. O canal da ITEP/UENF no YouTube transmitiu o evento.

 Integrantes das cidades de Miracema, Bom Jesus e Campos estiveram no evento, presencialmente, além daqueles que acompanharam de forma híbrida.

 27 pessoas acompanharam a CIESOL presencialmente e 41 assistiram de forma híbrida no canal da ITEP/UENF. Ao todo 68 pessoas prestigiaram a conferência.

 Angélica Hullen participou da palestra com o tema “Produção, comercialização e consumo justo e solidário” e destacou que poucos conhecem a economia solidária “É um conceito muito novo. Nós precisamos fazer um trabalho de conscientização para que as pessoas aprendam sobre isso e coloquem em prática porque é uma ação econômica”, declarou a ativista.

 Angélica fez duras críticas ao modelo capitalista “As relações são excludentes, onde há exploração da mão de obra e onde aqueles que detém o poder são beneficiados. A economia solidária tem o potencial de ser uma economia necessária e gerar um processo de envolvimento para outras pessoas. A partir do momento que existe a potencialização do território há um projeto de mudança na sociedade”. A secretária ainda enfatizou a importância da agricultura familiar “A gente precisa desmistificar o mito de que a alimentação saudável é cara”.

 Com o tema “Financiamento: Crédito, Moedas Sociais, Bancos Comunitários Populares e Finanças Solidárias”, Joaquim Melo falou na CIESOL sobre a fundação do Banco Palmas. “Foi a primeira moeda social do Brasil, a gente não tinha os conceitos de finança solidária, mas tínhamos a certeza, através do processo colaborativo, que seria possível resolver nossos problemas. Nós queríamos abrir o nosso sistema econômico”, declarou o educador popular.

 Mais de 250.000 pessoas no estado do Rio de Janeiro recebem e usam moeda social. 11 municípios do norte e noroeste fluminense têm bancos sociais.

 Joaquim pediu mais apoio aos bancos comunitários, “Temos as estruturas técnicas para aumentar a demanda de clientes. Precisamos de mais incentivo do governo federal, como trabalhar a criação do Sistema Nacional de Finanças Solidárias”.

 A CIESOL teve a intenção de contribuir para a institucionalização da economia solidária como modo de produção e de política pública capaz de criar condições para que as experiências econômicas sejam ampliadas, fortalecidas e consolidadas.

 A CIESOL contou com a parceria da UENF, ITEP/UENF, PROEX, Pescarte, Fórum de Economia Solidária, CONAES, IFF, UFF, Prefeitura de Miracema e Prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana.