Projetos e Resultados - 2023
Rede de Economia Solidária do Norte e Noroeste Fluminense: por um modelo econômico, sustentável e humano. Ano 10.
O projeto está ligado ao Programa de Extensão Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares ITEP/UENF, conforme Resolução CONSUNI 001/2009. Objetiva manter e ampliar a abrangência de atuação da Rede de Economia Solidária, organizar e identificar novas redes e cadeias produtivas da economia solidária nos municípios das Regiões Norte e Noroeste Fluminense. Inserem também ações direcionadas a incubação de empreendimentos populares com potencial econômico e cooperativo sob a ótica da economia solidária, objetivando aumentar a capacidade de autogestão, organização formal, melhoria de processos produtivos e de comercialização para atender a três grupos incubados formalmente na ITEP: a Cooperativa de Costureiras e Produtos Manufaturados de Rio Preto (COOPMAR), Cooperativa de Catadores Solidários (CATASOL) e do Berçário de Empreendimentos com perfil de autogestão como os suprafamiliares, redes econômicas com perfil produtivo semelhantes e associações produtivas, hoje com 176 empreendimentos identificados com alguma atividade nos últimos 12 meses. O Projeto busca junto ao público alvo criar as condições para visibilizar e fortalecer esta nova economia oportunizando trabalho, renda e melhoria de gestão coletiva voltados para processos produtivos, logística e comercialização solidária. É também indutor de políticas públicas municipais de economia solidária. Prevê ações de sensibilização, formação para as práticas e conceitos sobre economia solidária, organização dos fóruns municipais, apoio técnico-jurídico para delinear um marco legal e planos de gestão para os municípios e estudo sobre banco comunitário com moeda social. São empregadas três metodologias: bola de neve, Pesquisa-Acão e a de incubação (própria da ITEP). A metodologia Bola de Neve é usada para identificação de novos trabalhadores e empreendimentos. A Pesquisa-Acão é um método de condução de pesquisa aplicada, orientada para elaboração de diagnósticos, identificação de problemas e busca de soluções para o alcance dos objetivos e metas (THIOLLENT, 1997). A metodologia de incubação projeta fases definidas de técnicas e ações para fortalecer as cooperativas incubadas. O Projeto tem ações em Campos dos Goytacazes e municípios do entorno, junto trabalhadores e consumidores da economia solidária, além de gestores públicos, organizações sociais, comunitárias e comunidade acadêmica. Espera-se também criar, identificar e articular uma rede de parceiros institucionais para solidificar esta possibilidade de desenvolvimento local nos municípios atendidos junto as universidades e sociedade civil organizada. Estas ações contribuem com alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS 1 – Erradicação da pobreza. ODS 2 – Fome zero e agricultura sustentável. ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico).
Coordenador: Prof. Gustavo de Castro Xavier
Equipe de extensão: Daiane Ribeiro Nobre Zanelato, Gabriela Dias da Silva, Henrique Rodrigues Cesário, Maria Clara Menezes dos Santos, Mariana Nagib Queiroz de Mattos, Paloma Santos Cabral, Nilza Franco Portela (voluntária), Rita de Kassia Guarnier da Silva (voluntária), Douglas França de Oliveira (voluntário)
Circuito Universitário de Economia Solidária: outra economia acontece. Ano 10.
O presente projeto está focado nos processos de comercialização e trocas solidárias realizadas de forma direta entre produtores organizados e consumidores. De acordo com os objetivos e as metas dos anos anteriores, o projeto conseguiu ampliar o número de empreendimentos autogestionários de 161 para 176 empreendimentos autogestionários, formando uma rede com mais de seiscentas pessoas distribuídas em associações produtivas, cooperativas, redes agroecológicas e empreendimento suprafamiliares que comercializam nos espaços organizados pela ITEP, Fórum de Economia Solidária e os parceiros públicos. As feiras configuram-se como importante estratégia de comercialização, espaço de venda direta e de negócios, que permite por um lado viabilizar os produtos comercializados da economia solidária, como também resgatar a relação personalizada entre os empreendimentos e os consumidores, buscando consequentemente favorecer a fidelidade do consumo dos produtos e serviços de origem solidária e também da produção familiar e agroecológica. Para tal, estes devem estar com carta de adesão aos fóruns municipais e regionais de economia solidária para que estas sejam inseridas em redes de comercialização, consumo e produção, estimulando novas práticas econômicas e sociais. Utilizamos a metodologia da pesquisa-ação para assegurar a participação democrática, buscando o compromisso dos participantes com o projeto, a partir da proposta de mudança nas práticas econômicas com base na cooperação, solidariedade, organização horizontal e autogestionárias. Com o projeto, espera-se ampliar o número de empreendimentos autogestionários na região, fortalecer os empreendimentos já existentes, estimular novas formas de organização e criar as condições para discussão sobre o tema da economia solidária, desenvolvimento local e sustentabilidade ambiental com as práticas econômicas da economia solidária. Essas ações se alinham com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, em especial aos ODS 1 (erradicação da pobreza), 5 (igualdade de gênero), 8 (emprego digno e crescimento econômico), 10 (redução das desigualdades), 11 (cidades e comunidades sustentáveis), 12 (consumo e produção responsáveis) e 17 (parcerias em prol das metas), o que sugere que está alinhado a demandas consideradas prioritárias na agenda brasileira. Entre 2022 e 2023, os Circuitos presenciais que ocorrem em parceria com outras instituições (UENF, UCAM, Universo, FMC, UFF, Estácio) voltaram a acontecer após a pandemia, assim foi possível continuar com articulações de maneira presencial, para buscar possibilidades de comercialização solidária. Destaque para algumas formações em parceria com outras instituições, a exemplo o III Varal Científico, III Encontro Nacional de Economia Solidária (parceria com a Faperj) e o Curso de Fotografia e Mídias Digitais.
Coordenador: Prof. Geraldo de Amaral Gravina
Equipe de extensão: Karina Ribeiro Soares Reis, Anderson Cordeiro de Oliveira Peris, Renata Kissila de Melo Ferreira, Simone Carvalho Gonçalves, Nilza Franco Portela (Voluntária)
Design Solidário e curadoria de produtos como estratégia de fortalecimento da Rede de Economia Solidária Norte Fluminense/RJ. Ano 10.
O projeto está inserido no Programa de Extensão Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares ITEP/UENF, conforme Resolução CONSUNI 001/2009. Está voltado para aplicar e explorar o potencial do trabalho de curadoria, do design de produtos(solidário) e o desenvolvimento de identidade visual para grupos autogestionários ligados a Rede de Economia Solidária Norte Fluminense (Projeto 01 do Programa ITEP que incuba um berçário de 176 empreendimentos com registro). As ações inserem o design de produtos como tecnologia social de alcance a grupos populares, especialmente do artesanato, confecção (no ano de 2023 formação e organização rede para a moda Afrocentrada), mobiliário sustentável, sustentabilidade e embalagens, através dos conhecimentos da equipe técnica e de bolsistas da Universidade Aberta na melhoria de produtos. A relevância do design, os conhecimentos e possibilidades da equipe em melhorar os produtos dos empreendimentos, a valorização do do fazer como patrimônio cultural e a inserção dos mesmos a um circuitos maiores de comercialização são metas que norteiam as ações do Projeto. Os processos de avaliação da produção de cada trabalhador dentro dos empreendimentos autogestionários compreende a origem/perfil, a cultura do fazer/produzir, no potencial da matéria prima usada. Estes se adequam aos conceitos de estética e design, caráter de utilidade e as técnicas de sustentabilidade que podem ser aplicadas agregando estas características na melhoria de produtos e, assim, valorizar e qualificar a produção com o objetivo de aumentar a aceitação dos produtos nos espaços de comercialização como feiras, circuitos e pontos fixos ligados à economia solidária. A metodologia da pesquisa-ação permitirá pactuarmos junto ao público alvo os caminhos a serem percorridos e possibilitar que se problematize e vivencie uma nova abordagem de gestão social com foco em questões econômicas, culturais, ambientais e sociais. Para a concepção e desenvolvimento de produtos propriamente dito, a metodologia usa técnicas próprias. Os beneficiários são trabalhadores da economia solidária, organizados em grupos autogestionários e redes produtivas e de comercialização com perfil para receber esta assessoria.
Coordenadora: Profª. Rosalee Santos Crespo Istoe
Equipe de extensão: Bárbara Rocha Borges, Luciliana Maria Silva Queiroz, Felipe de Souza Monda, Tássia Mariah Carvalho Pinheiro Ferraz, Elizangela Martins Silva, Angelita Carvalho Pinheiro (Voluntária), Nilza Franco Portela (Voluntária)